Ano 6 - Nº 6 - 1/2012

Apresentação

A Revista HELB, em seu sexto ano de publicação, traz neste número oito artigos e uma resenha histórica que abarcam questões diversas da história do ensino de línguas no Brasil. Essa variedade agrega possibilidades de interpretação do percurso histórico produzido pelos agentes direta ou indiretamente envolvidos na aquisição, ensino e aprendizagem de novas línguas e culturas.

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1. 1965/1975: Dez Anos de Linguística Aplicada no Brasil

Resumo
Este artigo é uma republicação que apresenta uma cronologia histórica de eventos que marcaram o surgimento, crescimento e fortalecimento da Linguística Aplicadano Brasil. O texto mostra tambéma cronologia de fatos, eventos e personagens nos dez primeiros anos da Linguística Aplicada (LA). Exibe, da mesma forma, uma introdução que explicita a importância da republicação do artigo para a história do ensino de línguas no Brasil, além de trazer um posfácio dialogado com o objetivo de atualizar e não deixar esquecida essa parte da história da LA no Brasil bem como a intenção de mostrar a inovação que essa disciplina trouxe principalmente para uma de suas áreas mais visíveis no Brasil, a do Ensino e Aquisição de Línguas (primeira e segundas). Além disso o posfácio expõe aspectos da carreira do autor que muito contribuíram para o surgimento e crescimento da LA no Brasil.

Palavras-chave: Linguística Aplicada (LA); ensino e aquisição de LE; história da Linguística Aplicada

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2. Trajetória e Desdobramentos do Projeto de Português Língua Estrangeira: A Experiência da Universidade Federal do Pará (2006-2012)

Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar a trajetória do Projeto Português Língua Estrangeira na Universidade Federal do Pará (UFPA) e as ações realizadas por este no período de 2006 a 2012. O texto enfoca 4 (quatro) eixos: (1) Concepção do Projeto Português Língua Estrangeira -UFPA; (2) UFPA enquanto Posto Aplicador do CELPE-Bras; (3) Cursos de Extensão de PLE na UFPA  (4) Compromisso da UFPA com a Qualificação Acadêmica. Por fim, indicações que visam o panorama atual e a perspectiva no campo de Português Língua Estrangeira no âmbito amazônico.

Palavras-chave: português língua estrangeira; UFPA; formação; Amazônia.

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3. Uma Proposta de Periodização do Ensino de Línguas Estrangeiras no Distrito Federal: 1959 - 2012

Resumo
Esse artigo é uma reflexão sobre uma proposta de periodização do ensino de língua estrangeira – LE no Distrito Federal. Enfatiza-se a importância de estudos históricos a respeito do ensino e aprendizagem de línguas no Brasil. O artigo está dividido em três partes. Primeiramente apresenta-se o período de 1959 a 1974; a segunda parte os anos de 1975 a 2000; em seguida os anos de 2001 a 2012. Conclui-se que há políticas públicas de ensino de línguas no DF mesmo que implícitas e contraditórias. A partir do panorama apresentado nesse artigo, observa-se que este é um campo aberto para pesquisas históricas e pedagógicas.

Palavras-chave: ensino de LE, história do ensino de línguas no Brasil, ensino e aprendizagem de LE

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4. Colégio Pedro II: Um Lugar de Memória do Ensino de Línguas no Brasil

Resumo
Entendendo como ponto de partida que o “lugar de memória” não é uma “cristalização do passado”, mas o afloramento de memórias vivas, múltiplas e coletivas. Pretendemos justificar nesse trabalho o Colégio Pedro II como lugar de memória do ensino de línguas no Brasil já que o mesmo era considerado instituição modelo sendo, talvez, o único a implementar todas as reformas educacionais que aconteceram no Brasil desde o Império. Dessa forma, a partir dessa revisita esperamos desenhar ainda que sucintamente os caminhos percorridos pelo ensino de línguas no Brasil a fim de entender os processos atuais, para tanto baseamos nossa discussão teórica, principalmente, em Chagas (1957), Teixeira (1989), Almeida Filho (2003), Nora (1993).

Palavras-chave: Ensino de Línguas. Colégio Pedro II. Lugar de Memória

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5. Análise Contrastiva entre a Pedagogia Crítica e a Abordagem Comunicativa

Resumo
Este artigo é acerca de uma análise contrastiva entre a Pedagogia Crítica (PC) e a Abordagem Comunicativa (AC). O motivo inicial para desenvolver este estudo partiu do interesse em obter um novo olhar do ensino de modo geral, sendo que a PC é oriunda de uma longa tradição de estudos filosóficos e a AC está voltada para nossa área específica, a Linguística Aplicada. Acredita-se que tendo um novo olhar em mente, se despertará novas ideias que possam elevar a nossa prática em sala de aula. Desde já, o objetivo é examinar a origem e a evolução de ambas, frisar seus conceitos e princípios, e por último, constatar as semelhanças, tudo por meio de leitura de livros que se dirigem ao tema. Após as análises, foi apurado que a PC e a AC são incomparáveis, pois a primeira é apenas uma perspectiva de ensino grosso modo ao passo que a segunda é uma Abordagem (com A maiúsculo) para o ensino de línguas.

Palavras-chave: Pedagogia Crítica, Abordagem Comunicativa, Ensino, Ensino de Línguas.

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6. Sobrevoo pela História do Ensino de Alemão-LE no Brasil

Resumo
Este trabalho apresenta um breve histórico do ensino de alemão como língua estrangeira no Brasil, desde a chegada do idioma com os imigrantes alemães na primeira metade do século dezenove até o ensino atual e suas tendências. A língua alemã foi ensinada como língua estrangeira no Brasil entre 1841 e 1942. A partir de 1960, o interesse pelo idioma voltou a crescer devido a multinacionais que se instalaram no Brasil. Na década de 1980 houve um grande aumento da procura para aprender alemão, porém, em 1990 esse, interesse voltou-se mais para o espanhol – afora a procura pela língua inglesa, que sempre liderou. Nos anos 2000, o número de alunos de alemão como língua estrangeira vem aumentando e muito se discute acerca de mais subsídio e fomento para a difusão da língua e da cultura alemãs por parte dos governos dos países falantes da língua.

Palavras-chave:história do ensino de línguas; alemão-LE; ensino de alemão no Brasil

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7. O Uso da Tecnologia no Ensino de Língua Estrangeira

Resumo
Este artigo busca situar o panorama atual do uso da tecnologia no ensino de língua estrangeira no Brasil. Com o objetivo de apresentar quais recursos tecnológicos o professor de língua estrangeira pode utilizar atualmente, apresenta um breve histórico do desenvolvimento das tecnologias e as possibilidades e dificuldades de seu uso para fins pedagógicos. Concluímos que a implementação de tecnologias nas aulas pode variar devido à falta de recursos da escola, obstáculos ao acesso destes recursos e também, falta de formação continuada de professores que proporcione um desenvolvimento de habilidades tecnológicas e reflexões sobre o uso das tecnologias durante as aulas.

Palavras-chave: Tecnologias, Língua Estrangeira, Professor.

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8. Uma Perspectiva Histórica do Construto “Cultura” no Ensino de Línguas

Resumo
O aspecto cultural como elemento integrante do processo de ensinar e aprender línguas apresenta-se, atualmente, como um truísmo na área da Linguística Aplicada. No entanto, há de se reconhecer que em determinados contextos houve quem se apresentasse considerando os dois elementos de modo separado, a exemplo daqueles que adotam uma perspectiva de ensino que privilegia estruturas linguísticas e dão um tratamento apenas ilustrativo adicional aos aspectos culturais.  Por meio da pesquisa bibliográfica de caráter histórico, este trabalho pretende abordar algumas considerações importantes sobre o construto cultura e sua relação com a língua. Para tal, tomamos como base o texto de referência do linguista aplicado estadunidense Robert Lado (1957) Introdução à Linguística Aplicada.

Palavras-chave: língua e cultura, história do ensino de cultura, ensino de língua-cultura estrangeira.

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9. O Ensino das Línguas Vivas: Seu Valor, Sua Orientação Científica

Resenha Histórica
CARNEIRO LEÃO, Antonio. O ensino das línguas vivas: seu valor, sua orientação científica[1]. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935. (341p).

O ensino de línguas no Brasil, sobretudo o ensino de línguas estrangeiras, sempre foi palco de muitas controvérsias no âmbito teórico-prático. Na prática, a história mostra mais precisamente descaso.  Prefaciando sua obra, Carneiro Leão (1935, p. 17) afirma justamente isso: “o ensino das línguas vivas sempre foi um dos pontos mais fracos da educação secundária brasileira”. O ensino das línguas em nosso país era ofertado nas escolas comerciais, nas quais “muito pouco se fazia em seu benefício” (CARNEIRO LEÃO, 1935, p. 17), evidenciando, dessa forma, o pouco comprometimento de nossas autoridades com o ensino de línguas estrangeiras naquela época.  Mas, tal fato não foi simplesmente um caso isolado do século passado. Ainda hoje, quase cem anos mais tarde, o cenário teima em não se deixar mudar na escola brasileira. Delatorre (2007, p. 396), postula que a LDB, em suas duas últimas versões – 1971 e 1996, não dispensam muita atenção ao ensino de línguas estrangeiras nas escolas brasileiras[2], e isso explica, em parte, o estado de abandono e caos vivido no ensino de línguas no sistema escolar.

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