Início da Educação Formal no Brasil Durante o Período Jesuítico

José de Anchieta

Juntamente com o primeiro governador geral, chegaram os primeiros jesuítas. Sob o comando de Padre Manoel da Nóbrega, a primeira escola elementar brasileira foi edificada em Salvador, tendo como primeiro mestre o Irmão Vicente Rodrigues que com apenas 21 anos se tornaria o primeiro professor nos moldes europeus a se dedicar ao ensino e à propagação da fé religiosa por mais de cinqüenta anos.

Nóbrega elaborou o primeiro plano nacional de estudos, o Ratio Studiorum, com o intuito de oferecer instrução formal aos índios nas formas de alfabetização e catequização.

O Português, nesse período ainda uma língua estrangeira, avançava para um contexto de L2 e era ensinado pelos padres jesuítas aos índios a fim de assimilá-los ao cristianismo. Os padres buscavam aprender o Tupi para facilitar ainda mais a concretização de seus objetivos.

Os jesuítas fundaram seu primeiro colégio na Bahia em 1550, e trouxeram de Portugal, na mesma época, sete órfãos portugueses, 'moços perdidos, ladrões e maus, que aqui chamam patifes', doutrinados na fé católica para facilitar o ensino dos meninos indígenas.

José de Anchieta

Foi fundada a segunda escola brasileira: o Colégio dos Meninos de Jesus de São Vicente (inaugurado em 1553), onde se ensinou a falar, ler, e escrever o Português. A instalação vicentina se adiantara bastante, pois, além da 'escola de ler e escrever', possuía também uma sala de aula de gramática latina destinada aos mamelucos mais capazes.

Nóbrega ainda transfere para o planalto 12 padres católicos para que estudassem gramática e servissem de intérpretes para os índios com o propósito de conversão.