Ano 8 - Nº 8 - 1/2014

O Ensino de Línguas para Fins Específicos (ELFE) no Brasil e no Mundo: Ontem e Hoje

Resumo:

O ensino de línguas para fins específico (ELFE) ganhou força e se consolidou na década de 1960 devido ao aumento das atividades econômicas e científicas no mundo moderno, e no Brasil no final da década de 1970, devido à necessidade dos alunos de universidades brasileiras para a leitura de textos de áreas específicas. Nesta perspectiva, este artigo trata do ELFE desde um aspecto histórico e teórico de sua sistematização no século XX que intitulamos de “hoje” e de seus indícios no Brasil e no Mundo antes desse século, intitulado “ontem”.

Palavras-chave: Ensino. Línguas. Objetivos.

Abstract

Teaching languages for specific purposes (ESP) have consolidated in the 60th decade due to the growing number of economic and scientific activities in the modern world, and, talking about Brazil, it has gotten importance here by the end of the 70th decade, because of the need university students had to read texts in specific areas. Under this perspective, this paper approaches ESP from the historical and theoretical aspects regarding its systematization in the 20th century, which we call “today” and its traces in Brazil and in the world before that century, named “yesterday”.

Keywords: Teaching. Languagues. Aims.

Introdução

Para estabelecer na literatura o ensino de línguas em contexto e/ou situação específica, é possível perceber, em diversas publicações, o emprego de múltiplos termos que em princípio parecem referir-se ao mesmo domínio conceitual: línguas para fins específicos (ELFE), para/com propositivos/finalidades específicas e mais recentemente o termo línguas para fins específicos (LinFE). Em inglês utiliza-se ESP (English for Specific Purposes) por ter sido a língua inglesa o primeiro idioma estudado para fins específicos, porém atualmente tem se utilizado o termo Language for Specific Purposes (LSP) englobando qualquer língua-alvo. Em espanhol utiliza-se enseñanzade lenguas para fines específicos (ELFE) e suas variantes (com/para propósitos específicos) além delenguas de especialidade/especializada.

O ELFE, como o próprio nome indica, se aplica ao ensino de línguas (materna ou estrangeira), direcionado para lidar em determinada situação-alvo, e estendendo-se ao ensino de línguas em contextos educacionais de natureza específica, como por exemplo, as escolas da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

O que diferencia um curso para fins específicos de um curso para fins gerais são os seus objetivos. Em um curso ELFE, os objetivos (necessidades e interesses) são bem específicos e localizados, já em um curso para fins gerais os objetivos costumam ser mais difusos.

O termo fins específicos apresenta, ainda, divisões em categorias: Inglês para Ciência e Tecnologia – EST, Inglês para Negócios e Economia – EBE, Inglês para fins acadêmicos – EAP e para fins ocupacionais – EOP (HUTCHINSON E WATERS, 1987). Para Robinson (1991), o ELFE pode ser dividido em fins acadêmicos (geral ou específica para uma disciplina), profissionais (negócios, social e tecnologia) e vocacionais (formação para o trabalho e formação linguística).

Aguirre Beltrán (1998), argumenta que por estamos diante de classificações determinadas pela evolução e demanda do entorno, se torna difícil determinar o número e os tipos de classes de fins específicos, o que motiva a muitos pesquisadores a utilização do termo ensino de línguas para fins específicos (ELFE), atualmente.

No Brasil, quando se trata de ELFE em contexto universitário e na Educação Profissional, por exemplo, tem-se utilizado o termo “ensino instrumental” e/ou “abordagem instrumental”, associando-o ao ensino de leitura e/ou estratégia de leitura, desde o Projeto Nacional de Inglês Instrumental em Universidades Brasileira que foi direcionado para a leitura de textos acadêmicos e científicos da área de atuação dos alunos, no final da década de 1970.

Entretanto, ensino instrumental e ELFE são sinônimos[1] e, portanto um tipo de ensino planejado para atender aos objetivos dos aprendizes, que pode ser para a leitura de textos em LE, como no Projeto Nacional, mas também para atender a outros obejtivos. Desta forma, para evitar uma ideia distorcida de que instrumental é leitura, passou-se a usar na literatura da área o termo ELFE/LinFE e outros com o mesmo teor terminológico.

Para a definição dos objetivos dos alunos, o procedimento de análise de necessidades tem sido indicado por muitos estudiosos (HUTCHINSON e WATERS 1987; DUDLEY-EVANS e ST JOHN, 1998; ROBINSON, 1991; AUGUSTO, 1977; AUGUSTO-NAVARRO, 2008 E RAMOS, 2005), como um dos elementos fundamentais e imprescindíveis para a elaboração desse tipo de curso, e é pela especificação de objetivos (concretos, mais visíveis e bem marcados), que levou-se a sistematização de cursos de ELFE no século XX, entretanto alguns indícios já haviam sido apresentados antes de sua sistematização.

1. ELFE no Brasil e no mundo antes do século XX

Os indícios do ensino de línguas instrumentais no Brasil apareceram a partir de 1759, com marquês de Pombal. Uma das primeiras medidas tomadas por meio das Reformas Pombalinas foi a criação das Aulas de Comércio, que incluíam a aprendizagem de línguas estrangeiras para fins comerciais. Porém, em 1765 o ensino de LE foi excluído e passou a ser exigido somente aos candidatos que tentavam ingressar nas Aulas. Em seu regulamento, as Aulas de Comércio (1759 – 1846) versavam sobre aritmética, câmbio, pesos, medidas, seguros e métodos de escrever livros ou partidas dobradas (termo usado em contabilidade para o registro das transações financeiras), gestão e as rotinas mercantis. A língua estrangeira era ensinada no curso com o objetivo de “viabilizar transações comerciais, tradução de textos, redação de cartas de mercancia, apólice de seguros, entre outros textos comerciais” (TELES, 2012 p. 12, grifo nosso)

Apesar de ter propósitos mercantis, com a busca de um sentido mais prático para o uso da língua, ainda utilizava a tradução de texto como método eficaz, devido a influência do método de se ensinar e aprender línguas clássicas na Renascença, em que a crença da eficácia da gramática e a tradução de textos era consciente e inquestionável.

Para as Aulas de Comércio a primeira língua aconselhada foi a língua francesa, em seguida a inglesa; uma vez que o francês era a língua da cultura, do iluminismo, da arte e o inglês a língua do comércio e do aliado político, no entanto não tinha o mesmo prestígio que o francês.

Assim como no Brasil, no mundo moderno as primeiras línguas ensinadas com objetivos instrumentais foram a francesa e a inglesa, de tal modo que encontramos indícios do ELFE no final do século XIV, por meio dos manières de langage, que eram manuscritos redigidos na Inglaterra entre 1396 e 1415 direcionados ao ensino e aprendizagem do francês e do inglês (para viajantes), por meio de diálogos com vocabulários específicos.

Desde a Idade Média, vê-se aparecer estes manuais de conversação, que se apresentavam sob forma de diálogos-modelo que deveriam permitir ao usuário aprender rapidamente a língua falada no dia-a-dia. Trata-se então de instrumentos didáticos centrados quase exclusivamente sobre a competência, mais frequentemente a competência oral, por vezes a produção escrita (...) Tirando o fato que eles combinam frequentemente lexicografia e ensino da conversação, essas obras têm em comum outras características. Em primeiro lugar, o vocabulário é frequentemente apresentado sob forma de léxicos temáticos (CLERCQ, LIOCE e SWIGGERS, 2000, p. 12, tradução nossa).

Para Clercq et al. (2000), os manières podem ser consideradas como os precursores longínquos dos manuais de conversação, como os da série Bertliz que propõem ao turista frases-chave e um léxico de base que permite uma comunicação elementar sobre temas da vida cotidiana com os habitantes do país que ele visita.

O primeiro manual de francês elaborado especificamente para o aprendiz inglês que pretendia viajar para a França (1396), foi escrito por um autor inglês desconhecido. Omanuscrito foi descoberto por Paul Meyer na Biblioteca Bodleian e publicado em 1870com o título, Qui enseigne à parler et ecrire le français[2]O manual teve a preocupação de indicar o contexto social e cultural da França como apontado na breve introdução pelo autor: "a droit parler et escrire doulz français selon l'usage et la coustume de France” [3] (BONIN E WILBURN, 1977, p.188).

Howatt (1984), menciona um manière de langage de 1415 de William of Kingsmill, escrito para o ensino do inglês aos comerciantes de lã e produtos agrícolas. Nesse manual os diálogos eram apresentados com listas de produtos para venda.

Senhora, onde está o seu senhor?

Por Deus, senhor, ele foi à feira de Woodstock, que fica a dez milhas daqui.

Senhora, que bens ele deseja comprar ou vender lá?

Senhor, ele tem que vender lá, touros, vacas, bois, bezerros, gados, porcos velhos e jovens, javalis, porcas, cavalos, éguas, protos, ovinos, carneiros e ovelhas, carneiros reprodutores, cordeiros, crianças, jumentos, mulas e outros animais. Ele também tem que vender lá 20 sacos, 3 tods, 4 pedras, e 5 dentes de lã, 200 woolfells, 14 tecidos compridos e 10 dúzias de mistura de Oxford, 20 tecidos Abingdon, 10 cobertores Witney, 6 Castlecombe vermelhos, 4 plunkets violetas celestes, alguns tecidos coloridos Salisbury, e outras várias cores de tecidos de vários tipos para ser entregue para senhores, abades e priores, e para outros povos do campo (KINGSMILL apud HOWATT, 1984 p.12). (tradução nossa). [4]

Howatt (1984), cita ainda Caxton (1483) que escreveu um manual bilíngue (francês e inglês), que constava diálogos e vocabulários para a comercialização de equipamentos técnicos, produtos têxteis e alimentos.

Na Europa quando os indícios do ensino instrumental se fizeram presentes no século XIV vigorava um ensino tradicional de língua pautado na gramática e na tradução de textos clássicos, porém os manières já apresentavam reações de cunho ideológico trazendo a ideia prática da língua.

Ao citar os manières de langage de 1936, Bonin e Wilburn (1977), afirmam que os propósitos desses manuais erammuito semelhantes com os objetivos do ensino de língua atualmente e os considera uma proposta de alternativa ao modelo tradicional de ensino de línguas da época, haja vista que nesses manuais já se utilizavam o valor social e cultural da língua e uma intenção definitivamente prática. Igualmente, Clercq et al. (2000) concluem que a forma que se ensinavam línguas nos manières de langage não é diferente do ensino atual das línguas estrangeiras na medida em que o professor usa uma abordagem comunicativa.

Apesar de o ensino com foco para a comunicação não ser novo na Renascença antecipando por três séculos o que seria o ensino transformador, nesta época não havia Teorias (com T maiúsculo) para um ensino comunicativo e prático, existiam somente teorias (crenças, ideias técnicas).

Para que ocorra uma evolução e uma transformação histórica no cenário das línguas são necessárias Teorias, e os autores de manières de langage tinham apenas ideais, mas não Teoria para avançar. Assim, o nosso país não sofre essa influência ocorrida na Europa para o ensino prático das línguas antes do século XX.

2. ELFE no Brasil e no Mundo a partir do século XX

O ensino instrumental teve início durante a Segunda Guerra Mundial, realizado de maneira informal, com o propósito de ensinar as línguas europeias aos soldados. Porém, o seu ensino formal ocorreu somente após a Segunda Guerra Mundial, principalmente a língua inglesa que, de acordo com Howatt (1984), passou a ser adotada como a língua para assuntos relacionados ao comércio e à tecnologia.

Segundo Ramos (2005), o estímulo para a metodização do ELFE pós guerra deve-se à necessidade de capacitação de imigrantes que trabalhavam na reconstrução da Europa, aos desenvolvimentos científico-tecnológicos e a predominância do poder econômico norte-americano. Segundo Hutchinson e Waters (1987), o ensino instrumental cresceu de um número de fatores convergente: desde a demanda de um mundo em transformação até as novas pesquisas na área de Linguística Aplicada (LA) e os avanços na Psicologia Educacional, que enfatizam a importância de um ensino com o foco no aluno e em suas necessidades.

No Brasil, oELFE surgiu influenciado por este pressuposto – atender às necessidades dos alunos – com o Projeto Nacional[5], entre os anos de 1978 a 1989 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). As necessidades dos alunos das 26 universidades brasileiras que participaram do Projeto tinham como objetivo a leitura de textos e literatura especializada. Deste modo, por ter sidoa leitura a habilidade identificada como a única necessária, a decisão foi focalizá-la (RAMOS, 2005, p. 115).

Segundo Ramos (2009), o Projeto aconteceu em duas fases, a primeira de 1978 a 1980 que incluía:

1. Visitas preliminares às diversas universidades federais, em 1978, com o objetivo de avaliar: a necessidade de se ter esse projeto, os tipos de cursos que precisavam ser ofertados, os recursos humanos disponíveis, os materiais e a maneira pelo qual o Projeto poderia melhor servir às necessidades de cada universidade.

2. Seminários (workshops) em 1979 em universidades, onde a receptividade e o envolvimento dos participantes levaram adiante a proposta formal de auxílio do governo britânico para a realização do Projeto.

E uma segunda fase, de 1980 a 1985, iniciado por um Seminário Nacional que reuniu especialistas e os coordenadores das universidades participantes (RAMOS, 2009). Nesse Seminário Nacional, realizado em 1980, decidiu-se que o programa seria implantado em forma de seminários e sem o uso de um material didático que caracterizasse o Projeto, pois o objetivo era garantir a diversidade e as culturas locais, bem como a autonomia das universidades na escolha de professores e coordenadores (CELANI, 2009 p. 19).

No lugar de um material didático próprio foram utilizados os chamados Working Papers, que eram tópicos que discorriam sobre o ensino instrumental. E em um momento posterior, quando as discussões e as ideias já estavam estabelecidas, criaram-se os Resource Packages, que eram testemunhos desse momento histórico do ensino instrumental no Brasil e amostras de materiais produzidos. Os Resource Packages, tal como os Working Papers estão disponíveis na página do Centro de Pesquisa, Recursos e Informação em Linguagem (CEPRIL)[6].

Atualmente, o ELFE vem ganhando espaço por meio de eventos nacionais e internacionais[7], projetos e livros voltados para a área. Alguns debates têm sido em torno da necessidade de desconstrução dos mitos (RAMOS, 2005) e ideias errôneas (AUGUSTO-NAVARRO, 2008) que circundam esse tipo de ensino, principalmente, que instrumental é sinônimo de leitura logo que, um curso ELFE deve ser dado em língua materna e com o foco em apenas uma das habilidades linguísticas (ler, escrever, falar ou ouvir)

As pesquisas e trabalhos sobre ELFE têm buscado contribuir para o levantamento de necessidades de um determinado grupo ou de uma determinada área, a fim de auxiliar a elaboração de planejamento de curso, materiais didáticos[8] e novas práticas. O programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (PPGLA), da Universidade de Brasília (UnB), tem buscado suscitar discussões e reflexões sobre o ELFE, e para isso, desde 2011 tem ofertado a disciplina “Ensino de Línguas em Contexto Superior Tecnológico”, na modalidade semipresencial.

Considerações Finais

Ainda que os estudos sobre ELFE, no “hoje”, tenham ganhado relevância em publicações na Linguística Aplicada, o debate quanto ao melhor termo, quanto ao conceito e a natureza do ELFE, novas práticas, materiais e planejamentos de cursos, formação de professores para atuar em ELFE são ainda insuficientes, difusos e de urgências do “hoje”.

Além disso, evidencia-se mais uma vez a importância da realização do levantamento de objetivos para a elaboração de um curso ELFE, uma vez que as necessidades e interesses dos alunos caminham com o contexto histórico-social e variam de situação para situação, de uma área para outra área, de um contexto para outro e de alunos para alunos.

REFERÊNCIAS

  • AGUIRRE BELTRÁN, B. Enfoque, metodología y orientaciones didácticas de la enseñanza del español con fines específicos. In: La enseñanza de español como lengua extranjera con fines específicos. Carabela, 44. Madrid: SGEL, 1998.
  • AUGUSTO, E. H. Ensino instrumental na língua-alvo: uma proposta de ensino da escrita em ambiente acadêmico. Dissertação (mestrado em línguistica aplicada). Campinas, São Paulo, 1977.
  • AUGUSTO-NAVARRO, E. H. Necessidades e Interesses Contemporâneos no Ensino-Aprendizagem de Inglês para Propósitos Específicos. In: SILVA, K. A. e ALVAREZ, M. L. O. Perspectivas de Investigação em LA. Campinas: Pontes, 2008.
  • BONIN T., WILBERN, J. Teaching French Conversation: A Lesson from The Forteenth Century. The French Review, Vol. L1, No. 2, 1977.
  • CELANI, M.A.A.; FREIRE, M.M.; RAMOS, R.C.G (Orgs.). Abordagem Instrumental no Brasil: um projeto, seus percursos e seus desdobramentos. Campinas: Mercado de Letras. São Paulo: EDUC, 2009.
  • CELANI, M.A.A. The Brazilian ESP Project: an evaluation. São Paulo. EDUC, 1988.
  • DE CLERCQ, J.; LIOCE, N.; SWIGGERS, P. Grammaire et enseignement du français, 1500-1700. Leuven: Peeters, 2000.
  • HOWAT, A.P.R. A history of English language teaching. Oxford: Oxford University Press, 1984.
  • HUTCHISON, T.; WATERS, A. English for specific purposes: a learning-centered approach. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.
  • RAMOS, R. C. G. Instrumental no Brasil: a desconstrução de mitos e a construção do futuro. In FREIRE, M; VIEIRA-ABRAHÃO, M.H.; BARCELOS, A.M.F (Orgs). Linguística Aplicada e Contemporaneidade. Campinas, SP. Pontes, 2005.
  • ROBINSON, P. ESP Today: a practtioner´s guide. Hemel Hamspsted: Prentice Hall International, 1991.
  • TELES, T. V. S. O Papel do Ensino de Língua Inglesa na Formação do Perfeito Negociante (1759-1846). Dissertação (Mestrado em Letras). Universidade Federal de Sergipe, 2012.


[1]
           Ambos preocupam-se com as necessidades dos alunos. Embora ELFE nos parece ser o termo mais abrangente e ideal, utilizaremos neste estudo indistintamente os termos ELFE e instrumental.

[2]           Como ensinar a língua para falar e escrever o francês. (tradução nossa)

[3]           Falar e escrever certo o francês segundo o uso e costume da França. (tradução nossa)

[4]           Lady, where is your master? By God, sir, he has gone to the fair at Woodstock, which is ten miles from here. Lady, what goods does he wish to buy or sell there? Sir, he has to sell there,bulls, cows, oxen, calves, bullocks, old and young pigs, boars, sows, horses, mares, foals, sheep, rams, and ewes, tups, lambs, kids, she-kids, asses, mules, and other beasts. He also has to sell there 20 sacks, 3 tods, 4 stones, and 5 cloves of wool, 200 woolfells, 14 long cloths and 10 dozen Oxford mixtures, 20 Abingdon kerseys, 10 Witney blankets, 6 Castlecombe reds, 4 violet plunkets in ray grain, Salisbury motleys, and other various colors of several kinds of cloth to be delivered as well to lords, abbots, and priors, as to other folk of the countryside. (KINGSMILL apud HOWATT, 1984 p.12) (texto original)

[5]           Projeto Nacional do Ensino de Inglês Instrumental em Universidades Brasileiras (Projeto ESP) A sigla ESP, faz referência ao inglês (English for Specific Purposes). O Projeto foi administrado pelo Britsh Council, em convenio com a PUC/SP, com auxílio da CAPES e CNPq. O livro “The Brazilian ESP Project an Evaluation” de 1988, editado por Holmes, Ramos, Scott e pela coordenadora do Projeto Maria Antonieta Celani (PUCSP), retrata a história do Projeto.

[7]           http://www.gealinfe.com.br/- Em 2015: III Congresso Nacional de Línguas para Fins Específicos / XXV Seminário Nacional de Inglês Instrumental / XIII Seminário Nacional de Línguas Instrumentais

[8]           O Instituto Federal de Brasília (IFB) iniciou um projeto em 2011 de identificação dos objetivos de trabalhadores de setores do mundo do trabalho envolvidos com o atendimento ao público quanto às situações de uso da LE em seu contexto de trabalho, resultando em ações de capacitação como o curso específico de LE (inglês, espanhol e francês) para a Copa do Mundo de 2014 e a publicação de material didático para este fim específico, também, nos três idiomas.

Inglês: https://www.ifb.edu.br/attachments/6243_can%20I%20help%20you%20final.pdf

Espanhol: https://www.ifb.edu.br/attachments/6243_puedo%20ayudarle%20final.pdf

Francês: https://www.ifb.edu.br/attachments/6243_que%20puis-je%20pour%20vous%20final.pdf