Ano 11 - Nº 11 - 1/2017

ÍNDICE DE PUBLICAÇÕES DA REVISTA HELB por edição: 2007 a 2017

Apresentamos a relação de artigo, incluindo os respectivos autores, por edição publicados de 2007, ano de lançamento da primeira edição, até 2017, ano desta publicação. Nas duas primeiras edições, 2007 e 2008, a filiação dos autores não era identificada; informação essa que foi incluída a partir da terceira edição em 2008.

ANO 1 - Nº 1 – 1/2007

HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL: AVANÇOS E RETROCESSOS
Escrito por Rachel Machado, Ticiana R. de Campos e Maria do Carmo Saunders
Resumo: O presente artigo propõe analisar a história do ensino de línguas no Brasil, observando os aspectos resultantes dos avanços e retrocessos deste percurso. Para tal, destacamos três importantes momentos, a Reforma Francisco de Campos, em 1931, a Reforma Capanema, em 1942, e a publicação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1961. Por meio de pesquisa bibliográfica, de caráter histórico, apresentamos questões prementes no que concerne a história de línguas no país, observando ao final, que existe, ainda que tímida, uma crescente na atenção dispensada às línguas estrangeiras.

O ENSINO E A APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS NOS PRIMEIROS TEMPOS DO BRASIL
Escrito por Lisiani Ferraço e Bernadette Barbara Bonfim
Resumo: Este trabalho, por meio de pesquisa bibliográfica, de caráter histórico, tece um esboço do ensino de línguas no Brasil, na ocasião da chegada dos portugueses no país, a partir dos anos 1500. Inicialmente, damos ênfase ao caráter informal da aprendizagem utilizada pelos estrangeiros para aproximação com os nativos. Posteriormente, destacamos os aspectos relativos ao trabalho desenvolvido pelos jesuítas na implantação, organização e manutenção das instituições educativas a partir da 2ª metade do século XVI até meados do século XVIII, quando estes foram expulsos. Por fim, realizamos algumas considerações acerca da Reforma Pombalina e suas implicações para as bases pedagógicas do ensino, que findou por marginalizar as línguas e literaturas estrangeiras modernas.

A IMPLANTAÇÃO DO ESPANHOL NA GRADE CURRICULAR DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS: UM DESAFIO COM PRAZO
Escrito por Luis Carlos Ramos Nogueira
Resumo: Neste momento político-econômico pelo qual passa o país, é reconhecida a importância da língua espanhola para as escolas brasileiras. A relação estabelecida pelos países do MERCOSUL foi um dos aspectos que favoreceu a implantação da Lei 11.161 em agosto de 2005, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de língua espanhola no ensino médio. Este artigo tem o objetivo de refletir sobre um desafio que se apresenta urgente e requer uma solução rápida: o cumprimento do prazo para implantação efetiva da língua nas escolas, que como consta em lei é de cinco anos. Destacamos ao longo do texto alguns gargalos para a questão, como a falta de professores devidamente habilitados e ainda a escassez de material didático nessa área. Ao final, sugerimos a abertura de novos cursos em nível de graduação na área de Letras, como estratégia para garantir uma formação e ensino de qualidade.

UMA TOPOGRAFIA DO PÓS-ESTRUTURALISMO DO ENSINO NA ESCOLA BRASILEIRA DE LÍNGUAS
Escrito por Deise Scherer, Edleide Menezes, Letícia Coroa e Luis Carlos Ramos Nogueira
Resumo: Este artigo apresenta a evolução do ensino de línguas no Brasil e o desencadeamento desse ensino no pós-estruturalismo. Elenca os movimentos favoráveis à abordagem comunicativa desde seu início com o I Seminário Nacional para o Ensino de Línguas, realizado na UFSC – Florianópolis, em 1978. Destaca os eventos realizados na década de 80, desde a implantação de cursos de pós-graduação e consequente intensificação da pesquisa à criação de associações de professores; e, especialmente, de publicações, que ocuparam lugar proeminente pela disseminação das ideias. Destaca, também, a fundação da SIPLE (Sociedade Internacional de Português-Língua Estrangeira), a qual tem se tornado um importante polo divulgador do ensino e da pesquisa de português como língua estrangeira e segunda língua. O artigo traz, ainda, um questionamento sobre o fazer acadêmico e as práticas educativas e uma reflexão sobre o papel do pesquisador de hoje.

O ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL - PERÍODO DE 1808 - 1930
Escrito por Joselita Júnia Viegas Vidotti e Rívia Dornelas
Resumo: Este artigo descreve o lugar das línguas estrangeiras no contexto educacional brasileiro no período que se estende desde a chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 até o início da Era Vargas em 1930, tendo como aporte teórico Almeida Filho (2003), Chagas (1982), Oliveira (1999) e Romanelli (2005). Retrata as mudanças ocorridas com a chegada da Corte Real, afundação do Colégio Pedro II – 1837, as reformas educacionais no período do Império e na República (até 1931), desde a Reforma Couto Ferraz à Reforma Francisco de Campos e traz um quadro com reformas e a redução gradativa da carga horária dos idiomas.

ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NOS ANOS DA DITADURA NO BRASIL
Escrito por Leila Ribeiro, Maria Angélica Costa e Selma Abdalla
Resumo: Este artigo retrata o ensino de línguas nos anos da ditadura e as consequências desse momento histórico, que exigia o patriotismo declarado com o jargão: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. A filosofia da ditadura militar esteve presente na nova lei de Diretrizes e Base da Educação, Lei 5692/71. Mostra também os movimentos favoráveis a um ensino baseado na abordagem comunicativa, movimentos estes que introduziram no Brasil um contexto contemporâneo pós-moderno no ensino de língua estrangeira.

A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO ENTRE E COM SURDOS NO BRASIL
Escrito por Noriko Lúcia Sabanai
Resumo: Os indivíduos surdos estão sociedade há séculos, entretanto sua história foi sempre repleta de dificuldades, da proibição até a legitimação da língua de sinais no Brasil. Este estudo apresenta um breve relato histórico da trajetória dos indivíduos surdos na superação dessas dificuldades, evidenciando que, com os passar do tempo, estes indivíduos vão vencendo as dificuldades que se apresentam com muito esforço e luta.


ANO 2 - Nº 2 - 1/2008

PÁGINA HELB: UMA ANÁLISE E SUGESTÕES DE DESENVOVIMENTO
Escrito por Ana Paula Gomes de Oliveira e Juliane Rodrigues Ferreira
Resumo: A atividade de ensinar línguas data do início da civilização humana, portanto tem uma extensa história mundial, bem como nacional, envolvendo pesquisas acerca de ensino aprendizagem de línguas, decretos e leis direcionadas para a educação e/ou mais especificamente para o ensino das línguas. A página HELB foi criada no intuito de resgatar esta história no Brasil, ciente de que conhecendo nossa história podemos compreender melhor o nosso presente e buscar alternativas desejáveis para o nosso futuro. Tratamos aqui da página HELB, o que motivou sua criação, o conteúdo que disponibiliza, como acessar e quais informações podem ser acessadas na mesma, sua importância no cenário do ensino de línguas, além de sugestões para seu desenvolvimento contínuo.

ENTREVISTAS E DEPOIMENTOS SOBRE A PÁGINA HELB
Escrito por Juliene Rodrigues Ferreira e Ana Paula Gomes de Oliveira
Etrevistas elaboradas por Juliene Rodrigues Ferreira e Ana Paula Gomes de Oliveira, alunas do curso de Mestrado em Linguística Aplicada da Universidade de Brasília, com Prof. Dr. José Carlos Paes de Almeida Filho (Editor-chefe da página) e Profa. Leila Ribeiro (Editora-assistente).

A IMPORTÂNCIA DAS ASSOCIAÇÕES (INTER) NACIONAIS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
Escrito por Kátia Falcomer e Vânia Rodrigues
Resumo: Este artigo pretende apresentar sete organizações criadas para atender às necessidades dos professores de língua estrangeira (LE). Primeiramente, mostraremos a importância do ensino de línguas estrangeiras e a formação de um profissional capacitado no campo de ensino/aprendizagem de LE no Brasil. Em seguida, faremos um breve histórico de sete organizações pesquisadas, todas criadas com o intuito de envolver profissionais da área de ensino/aprendizagem de línguas. Por último, apresentaremos vantagens que essas associações podem trazer para o desenvolvimento de uma prática reflexiva do professor.

A ORIGEM DO INGLÊS INSTRUMENTAL
Escrito por Luciane Maria Coutinho Buchholz Ferreira e Maria Angélica Souza da Rosa
Resumo: O ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras como disciplina instrumental tem despertado no Brasil grande interesse nas últimas décadas. Um exemplo bastante convincente é a presença do English for Specific Purposes (ESP) em algumas universidades brasileiras, nas quais pesquisas sobre o ensino instrumental já foram institucionalizadas nos anos 70, principalmente através do Brazilian ESP Project coordenado pela professora Antonieta Alba Celani, da PUC de São Paulo. Ao longo desse artigo pretende-se apresentar a origem do Inglês Instrumental para que fosse conhecido o contexto de seu surgimento, e expostas algumas idéias que norteiam essa abordagem de ensino de língua inglesa que tem como objetivo principal capacitar o aluno a ler e compreender textos acadêmicos em inglês, usando estratégias e técnicas de leitura específicas dentro de um esquema de atividades de caráter autônomo.

QUAL ESPANHOL ENSINAR NO BRASIL?
Escrito por Gleiton Malta Magalhães
Resumo: Tendo em vista a expansão do ensino de língua espanhola no Brasil, nos cabe perguntar: qual espanhol ensinar? Assim, o presente trabalho inicia um passeio histórico a partir de 1942 com a Reforma Capanema até 2005 com a aprovação da Lei 11.161/05 com o objetivo de apresentar avanços com relação ao ensino do espanhol no sistema de ensino brasileiro focalizando a questão do material didático.

AS PRIMEIRAS FACULDADES DE LETRAS NO BRASIL
Escrito por Denise da Silva Fialho e Lara Lopes Fideles
Resumo: O presente trabalho traz dados históricos referentes às primeiras faculdades de Letras no Brasil. A implantação do Ensino Superior no país, a Reforma Francisco de Campos, o Estatuto das Universidades Brasileiras e o aparecimento das universidades são alguns dos fatos abordados que estão relacionados à criação dos Cursos de Letras e são consideradas medidas legislativas de grande importância na história do ensino das línguas vivas no Brasil.


ANO 3 - Nº 3 - 1/2009

O ENSINO DO INGLÊS, DO PORTUGUÊS E DO ESPANHOL COMO LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO BRASIL E NA ARGENTINA: UMA COMPARAÇÃO GLOTOPOLÍTICA
Escrito por Glória Gil (UFSC)
Resumo: Neste trabalho[1], discuto a situação do ensino do inglês, do português e do espanhol como línguas estrangeiras no Brasil e na Argentina a partir da perspectiva glotopolítica (ARNOUX, 2005; GUESPIN & MARCELLESI, 1986). Primeiramente, traço uma breve historiografia do ensino das línguas estrangeiras no Brasil e na Argentina (1900-1990). Na sequência, comparo as sessões dedicadas ao ensino de línguas estrangeiras nos documentos curriculares nacionais publicados no Brasil e na Argentina na década de 90. Depois disso, descrevo a situação atual brasileira e argentina do ensino do inglês, do português e do espanhol como línguas estrangeiras. Finalmente, teço algumas reflexões acerca das políticas linguísticas em relação às línguas estrangeiras nos países em questão.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL: DA INSTITUIÇÃO DO MÉTODO DIRETO À PRIMEIRA VERSÃO DA LDB
Escrito por Luiz Eduardo Oliveira e João Escobar J. Cardoso (UFS)
Resumo: O presente artigo apresenta alguns dos frutos do Projeto de Pesquisa intitulado “A legislação sobre o ensino de línguas e seus reflexos em Sergipe (1931-1961)”, sediado na Universidade Federal de Sergipe, visando a delinear o processo de institucionalização, por meio de pesquisa documental da legislação, do ensino de línguas no país e suas repercussões no Estado de Sergipe. Como resultado da análise documental, verificamos que, no período de 1931(instituição do método direto) a 1996 (instituição da LDB), a finalidade prática do ensino das línguas vivas não se confirma no instituído método prático – o método direto – pela forte interferência de terceiros, pelas condições políticas, pedagógicas e culturais vigentes, e somente com a primeira LDB é que se sugere algo de mais prático no ensino de línguas reconhecível como uma capacidade de usar a língua aprendida no currículo escolar.

GRAMÁTICAS E O ENSINO DAS LÍNGUAS PORTUGUESA E AUTÓCTONES NO BRASIL COLÔNIA
Escrito por Samara Cordeiro (PPE – UNB Idiomas)
Resumo: Este artigo se propõe à revisão histórica do que já se sabe do ensino de línguas (autóctones e portuguesa) instrumentalizado por materiais textuais, como gramáticas, no Brasil, no Período Colonial. Visa ainda a reunir informações sobre a sistematização do ensino; seu objetivo; seus materiais didáticos impressos; e o papel da gramática nesse período. A resenha bibliográfica discutirá a produção da primeira gramática de língua autóctone; traduções para a língua indígena como facilitadores da comunicação entre missionários e índios; e a catequização destes. Neste artigo, sugere-se, por fim, a pesquisa sobre materiais didáticos, em especial de gramáticas do Brasil Império aos nossos dias.

A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DO BRASIL PARA COMPREENDER A TRAJETÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO PAÍS
Escrito por Elisa Alencar (UFT)
Resumo: O conhecimento de História Geral do Brasil pode ser de suma importância para se compreender a trajetória da disciplina História do Ensino de Língua Estrangeira(Inglês) em nosso país. Este artigo objetivou por meio de uma metodologia analítica documental encontrar dados da história do ensino de línguas a respeito de sua produção informal e formal partindo da descoberta do Brasil, passando pela chegada dos jesuítas e da família real de Portugal e chegando ao século XXI. Para tanto, questionou quais são os modelos base desse ensino, e ainda, até que ponto progredimos com relação ao nosso modo de atuar na sala de aula de língua(s). Como resultados, observamos que os modelos foram europeus e clássicos, afiliados ao tradicional método de ensinar latim (ou equivalente) e que, entre avanços e retrocessos, chegamos a um crescente desejo já expresso em legislação de um ensino para as demandas de comunicação em sociedade. Para materializar esse desejo, recomendamos que professores e pesquisadores se lancem na busca por melhor compreender por meio da história o passado, o presente e o futuro da educação em língua estrangeira no Brasil.

A HISTÓRIA DAS GRAVURAS E SUA RELAÇÃO COM OS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUAS
Escrito por Fabrício Fernandes (Cooplem) e Samara Cordeiro (PPE – UNB Idiomas)
Resumo: Para entender o papel das gravuras como recurso importante no processo de ensino-aprendizagem via livros didáticos, objetivamos, neste artigo, retomar o percurso de inserção de gravuras ilustrativas em livros didáticos. A pesquisa de cunho histórico foi realizada a partir de resenha literária e análise do emprego de gravuras em livros didáticos de línguas. Constatamos que as gravuras em livros didáticos de línguas ilustram a sociedade falante da língua-alvo em situações típicas, mas não somente com fins didático-pedagógicos, elas também difundem ideologias e paradigmas culturais dessa língua. Por essa razão, recomenda-se que professores e alunos estejam atentos para explorar as diversas referências representadas por uma gravura. Pesquisadores e autores de livros didáticos, por sua vez, não podem deixar de considerar o universo de sentidos das gravuras tanto ao selecioná-las quanto ao analisá-las.

RAÍZES DO ENSINO COMUNICATIVO DE LÍNGUAS
Escrito por José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: Dois movimentos contrastantes de ensino de línguas marcaram o início da década 1970, a saber, o movimento audiolingual no Brasil e o nocional-funcional (precursor do cumunicativismo) na Europa Ocidental. Por meio de pesquisa bibliográfica de caráter histórico, este artigo visa a apresentar algumas condições que reunidas e amadurecidas permitiram a emergência de uma tradição comunicacional em alternativa à gramatical no cenário mundial e brasileiro. Como resultados, verificamos que apesar de a década de 1970 representar a ponta do iceberg do movimento comunicativo de aprendizagem e ensino de línguas, os séculos XIX e XX ofereceram várias condições precursoras desse movimento identificáveis em trabalhos de europeus, indianos, americanos e brasileiros.


ANO 4 - Nº 4 – 1/2010

A REFORMA CAPANEMA E A HEGEMONIA DO ENSINO DE LITERATURA
Escrito por Luiz Eduardo Oliveira e João Escobar J. Cardoso (UFS)
Resumo: O presente artigo, por meio de pesquisa analítica documental histórica, apresenta a Gestão Capanema, de 1934 a 1945 e sua sucessão a partir de 1951 bem como suas novas medidas e diretrizes para a Educação Nacional. Ele objetiva refletir sobre os impactos da Reforma Capanema e das medidas que a sucederam no sistema educacional brasileiro. O conteúdo e a metodologia do ensino das literaturas estrangeiras, brasileira e portuguesa foram sistematicamente definidos, assim como suas funções sociais e políticas, as quais ganharam um caráter totalmente explícito.

BREVE HISTÓRICO DA ABORDAGEM GRAMATICAL E SEUS MATIZES NO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL
Escrito por Letícia Marica Damaceno Sateles (IFG – Luziânia/GO) José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: Este trabalho pretende argumentar a favor da predominância de uma abordagem gramatical no ensino de línguas no Brasil através de seus diferentes matizes observáveis ao longo da história. Para tal, apresentamos uma evolução dos métodos empreendidos no ensino de línguas no país até hoje, e a partir daí verificamos características distintivas da abordagem gramatical desde o ensino do tupi e do português pelos jesuítas portugueses nos primeiros tempos do Brasil. Por fim, propomos como contribuição à formação de professores, um aprofundamento da consciência sobre a abordagem gramatical e sua importância relativa na constituição da área de ensino-aprendizagem de línguas noBrasil, levando os professores, em pré-serviço e em serviço, a se posicionarem criticamente em relação a ela.

A EMERGÊNCIA DA ESPECIALIDADE DE ENSINO DE PORTUGUÊS PARA HISPANOFALANTES NO BRASIL
Escrito por Yamilka Rabasa (UNB)
Resumo: Nos últimos tempos, para causa das relações comerciais entre os países que pertencem ao MERCOSUL, a necessidade de um intercâmbio lingüístico aumentou entre o Brasil e os países falantes de espanhol. Consequentemente, a demanda por pesquisas no campo de ensino de português para hispanofalantes, bem como estudos sobre a proximidade entre as duas línguas cresceram. Este artigo visou a realizar uma revisão dos estudos relacionados a essa área, por meio da análise documental com o objetivo de provocar reflexão e sugerir novas pesquisas que ajudem a aperfeiçoar o ensino de português como língua estrangeira para hispanofalantes em contexto de imersão, assim como estreitar o intercâmbio cultural entre os países falantes das duas línguas.

A PRESENÇA BRITÂNICA E A LÍNGUA INGLESA NA CORTE DE D. JOÃO
Escrito por Joselita Júnia Viegas Vidotti (USP)
Resumo: Este artigo visa a apresentar aspectos da presença britânica no Brasil no início do século XIX, com ênfase no ensino da língua inglesa. Primeiramente, descrevemos o contexto em que foi promulgada a lei que criou as primeiras cadeiras de língua inglesa e francesa no Brasil. Em seguida, analisamos anúncios de ensino da língua inglesa na Gazeta do Rio de Janeiro, o que nos permitiu conhecer formas encontradas pela sociedade brasileira de lidar com a presença da língua inglesa em seu cotidiano.

GRAMÁTICAS E O ENSINO DAS LÍNGUAS DO BRASIL IMPÉRIO
Escrito por Samara Maria Cordeiro Gomes (SEDF/DREC/CILC)
Resumo: O presente trabalho se propõe dar continuidade a nossa revisão bibliográfica histórica dos estudos sobre a formalização do ensino das línguas Portuguesa e autóctones, seus materiais didáticos impressos e o papel da gramática no percurso sobre o ensino dessas línguas no Brasil. A resenha bibliográfica discutirá o período imperial (1822-1889), destacando os debates sobre questões de língua entre brasileiros e portugueses, sobre a publicação de várias gramáticas importantes e sobre o aumento da construção de grandes colégios. As conclusões possíveis de nossa análise apontam para um fortalecimento do movimento de gramaticalização do português no Brasil Império, muito em razão da instituição da Imprensa Régia do Brasil. Neste artigo, sugere-se, por fim, a pesquisa sobre materiais didáticos, em especial de gramáticas da República à atualidade.

OS CENTROS BINACIONAIS BRASIL-ESTADOS UNIDOS: SUA IMPORTÂNCIA NA HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL
Escrito por Margarete Nogueira (Casa Thomas Jefferson/Brasília)
Resumo: Este artigo tem como objetivo examinar a importância dos Centros Binacionais Brasil-Estados Unidos dentro da história do ensino de línguas noBrasil. Para isso, fizemos uma revisão histórica do que foi escrito sobre o papel da língua inglesa no Brasil nas décadas de 30 e 40, data em que os Centros surgiram, e também do contexto político e histórico em que se deu a abertura dos primeiros Centros. Por meio da leitura e análise de documentos, foi possível conhecer como e quando foram fundadas as primeiras instituições e, finalmente, analisamos as diversas contribuições que os Centros têm dado não só para o ensino e aprendizado da língua inglesa no Brasil como também para  o intercâmbio e a promoção cultural entre Brasil e  Estados Unidos.

O CISNE E O PATINHO: ESPERANÇA E RETROCESSO NA HISTÓRIA DE UM CENTRO PÚBLICO DE LÍNGUAS
Escrito por Juscelino da Silva Sant’Ana (SEDF/CIL)
Resumo: Este artigo registra a trajetória histórica e uma análise do funcionamento de um tipo raro de escola pública no Brasil. A maior parte dos institutos de idiomas no país pertence à iniciativa privada, mas na moderna Brasília um número de centros públicos de línguas foi criado logo após a fundação da nova capital brasileira no início dos anos 60.  Trata-se dos centros públicos de ensino de línguas denominados Centros Interescolares de Línguas (CIL). O estudo levanta avanços apresentados nesta instituição e ranços impregnados na estrutura do ensino de línguas cultivados nas políticas educacionais voltadas para o ensino de línguas implementadas no país. Finalmente, conclui-se que os CIL representam a esperança de uma política de ensino de línguas com qualidade desejável nos resultados alcançados ao longo de mais de 30 anos de história.

O ENSINO CIENTÍFICO DAS LÍNGUAS MODERNAS
RESENHA HISTÓRICA
Escrito por Marilda Macedo Souto Franco (SEE/DF)
SCHMIDT, M. O ensino científico das línguas modernas. Rio de Janeiro: Editora Briguiet & Cia, 1935

ANO 5 - Nº 5 – 1/2011

ARQUITETOS DA ABORDAGEM REFLEXIVA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX À PRIMEIRA DO SÉCULO XX
Escrito por Denise Gisele de Britto Damasco (SEE/DF)
Resumo: Este artigo apresenta fundamentos da abordagem reflexiva da formação de professores por meio de cinco autores nascidos na segunda metade do século XIX e primeira do século XX: Georg Kerschensteiner, John Dewey, Roger Cousinet, Paulo Freire e Donald Schön. Como arquitetos, cada um em seu tempo, tais educadores e filósofos construíram com o conjunto do seu pensamento as bases da abordagem reflexiva da formação de professores, tema complexo e atual no ensino de línguas que nos motiva mais de perto.

REFLEXÕES SOBRE A HABILIDADE DE LEITURA NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: O QUE DIZEM OS DOCUMENTOS GOVERNAMENTAIS?
Escrito por Kélvya Freitas Abreu (IF Sertão/PE) e Lívia Márcia Tiba Rádis Baptista (UFC)
Resumo: O presente estudo tem como objetivo a construção de uma revisão analítica dos documentos governamentais que orientam o ensino em língua estrangeira (LE) no Brasil. Para tal, à luz da abordagem sociocultural (CASSANY, 2006), pretendeu-se compreender o papel da leitura como meio de expansão do conhecimento, da construção da identidade e de criticidade do sujeito, veiculado por documentos posteriores à LDBEN (BRASIL, 1996). Portanto, ao retomar este percurso, conclui-se que estes se complementaram e esclareceram determinadas orientações teóricas que se encontravam ambíguas nos textos anteriores, avançando quanto a uma proposta direcionada a formar indivíduos plurais, críticos e éticos em LE.

O ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS COM A LDB 1971
Escrito por Jonathas de Paula Chaguri (Unespar/campus Paranvaí-FAFIPA)
Resumo: Este trabalho tem como objetivo traçar a memória do ensino de línguas estrangeiras no Brasil. Por meio de uma metodologia documental, procura-se relatar dados da história do ensino de língua estrangeira (LE) na década de 1970 junto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 5.692/71). Com base na interpretação das narrativas que a História nos apresenta descobrimos como o ensino de LE foi apresentado na década de 1970 bem como a forma que a LE foi vista na perspectiva da lei (LDB Nº 5.692/71) e reforma e o impacto que essa lei e reforma causou no período em tela.

SITUANDO A LÍNGUA JAPONESA NO CONTEXTO DA HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL
Escrito por Geanne Alves de Abreu Morato (SEE/DF)
Resumo: O artigo procura situar a história do ensino de língua japonesa no Brasil no contexto histórico do ensino de línguas neste país, partindo dos ideais filosóficos que nortearam o desenvolvimento do ensino de japonês, bem como a evolução do perfil dos seus professores e alunos, das abordagens de ensino e materiais didáticos adotadas por eles; e como estes aspectos influenciaram a situação atual, apontando caminhos para a criação de um novo perfil de docentes.

O PAPEL DOS INTÉRPRETES OU LÍNGUAS NO IMPÉRIO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI
Escrito por Dejanirah Couto (école Pratique des Hautes Études Section des Sciences Historiques et Phillogiques/Paris-França)
Resumo: Este artigo analisa as diferentes categorias de intérpretes (ou línguas), os tipos de recrutamento a que eram submetidos e as estratégias de uso dos seus serviços no Império Português na Ásia na primeira metade do século XVI. Esses intérpretes eram aventureiros, prisioneiros e nativos, capturados e escravos convertidos recrutados durante expedições e operações militares. Além do status socioeconômico desses intérpretes, o artigo destaca o caso do território de Macau no qual a necessidade de atender a burocracia imperial determina a criação de juntas de intérpretes (os jurubaças) e faculta a organização de perfeitas dinastias de “língoas”.

A LEGISLAÇÃO POMBALINA SOBRE O ENSINO DE LÍNGUAS: suas IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
RESENHA HISTÓRICA
Escrito por Mirelle da Silva Freitas (Colégio Objetivo/Palmas-TO) e Elisa Borges de Alcântara Alencar (UFT)
OLIVEIRA, L. E. (Org.). A legislação pombalina sobre o ensino de línguas: suas implicações na educação brasileira (1757-1827). Maceió: EDUFAL, 2010. 339p.

ABORDAGEM, MÉTODO E TÉCNICA
Escrito por Edward M. Anthony
Durante anos, professores de línguas adotaram, adaptaram, inventaram e desenvolveram uma desnorteadora variedade de termos para descrever as atividades nas quais eles se engajam e as crenças que possuem. Sendo alguém envolvido com o ensino de inglês como língua estrangeira por quase vinte anos, às vezes me sinto sobrecarregado com a sobreposição de terminologias que permeiam essa área. Falamos e escrevemos sobre a abordagem áudio-oral e o método áudio-lingual; a abordagem da tradução; o método direto; o método de mímica e memorização (mim-mem); técnica de prática de padrões; método gramatical e até mesmo método natural ou “método da natureza” da pedagogia do ensino de línguas. Todavia, para o meu próprio trabalho, achei necessário e frutífero impor uma sistematização aos três termos no léxico do ensino de línguas. Talvez seja útil que os leitores da área de ensino/aprendizagem da língua inglesa (ELI) considerem essas três novas definições.

A IMPORTÂNCIA DO ARTIGO DE EDWARD M. ANTHONY (1963) E DA SUA TRADUÇÃO HOJE
Escrito por José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: Neste artigo são trazidas justificativas históricas e epistemológicas para uma revisitação dessa obra mediada agora pela tradução (apresentada neste volume) ao Português desse artigo seminal de Anthony passados 50 longos anos da sua publicação original na Revista Foreign Language Teaching em abril de 1963.


ANO 6 - Nº 6 – 1/2012

1965/1975: DEZ ANOS DE LINGUÍSTICA APLICADA NO BRASIL
Escrito por Francisco C. Gomes de Matos (Professor Emérito UFPE)
Resumo: Este artigo é uma republicação que apresenta uma cronologia histórica de eventos que marcaram o surgimento, crescimento e fortalecimento da Linguística Aplicada no Brasil. O texto mostra também a cronologia de fatos, eventos e personagens nos dez primeiros anos da Linguística Aplicada (LA). Exibe, da mesma forma, uma introdução que explicita a importância da republicação do artigo para a história do ensino de línguas no Brasil, além de trazer um posfácio dialogado com o objetivo de atualizar e não deixar esquecida essa parte da história da LA no Brasil bem como a intenção de mostrar a inovação que essa disciplina trouxe principalmente para uma de suas áreas mais visíveis no Brasil, a do Ensino e Aquisição de Línguas (primeira e segundas). Além disso o posfácio expõe aspectos da carreira do autor que muito contribuíram para o surgimento e crescimento da LA no Brasil.

TRAJETÓRIA E DESDOBRAMENTOS DO PROJETO DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA: A EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (2006-2012)
Escrito por Edirnelis Moraes dos Santos, Marcos dos Reis Batista e Renata de Cássia Dória da Silva (UFPA)
Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar a trajetória do Projeto Português Língua Estrangeira na Universidade Federal do Pará (UFPA) e as ações realizadas por este no período de 2006 a 2012. O texto enfoca 4 (quatro) eixos: (1) Concepção do Projeto Português Língua Estrangeira -UFPA; (2) UFPA enquanto Posto Aplicador do CELPE-Bras; (3) Cursos de Extensão de PLE na UFPA  (4) Compromisso da UFPA com a Qualificação Acadêmica. Por fim, indicações que visam o panorama atual e a perspectiva no campo de Português Língua Estrangeira no âmbito amazônico.

UMA PROPOSTA DE PERIODIZAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO DISTRITO FEDERAL: 1959 - 2012
Escrito por Denise Gisele de Britto Damasco (SEE/DF)
Resumo: Esse artigo é uma reflexão sobre uma proposta de periodização do ensino de língua estrangeira – LE no Distrito Federal. Enfatiza-se a importância de estudos históricos a respeito do ensino e aprendizagem de línguas no Brasil. O artigo está dividido em três partes. Primeiramente apresenta-se o período de 1959 a 1974; a segunda parte os anos de 1975 a 2000; em seguida os anos de 2001 a 2012. Conclui-se que há políticas públicas de ensino de línguas no DF mesmo que implícitas e contraditórias. A partir do panorama apresentado nesse artigo, observa-se que este é um campo aberto para pesquisas históricas e pedagógicas.

COLÉGIO PEDRO II: UM LUGAR DE MEMÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL
Escrito por Liz Sandra Souza e Souza (UEFS)
Resumo: Entendendo como ponto de partida que o “lugar de memória” não é uma “cristalização do passado”, mas o afloramento de memórias vivas, múltiplas e coletivas. Pretendemos justificar nesse trabalho o Colégio Pedro II como lugar de memória do ensino de línguas no Brasil já que o mesmo era considerado instituição modelo sendo, talvez, o único a implementar todas as reformas educacionais que aconteceram no Brasil desde o Império. Dessa forma, a partir dessa revisita esperamos desenhar ainda que sucintamente os caminhos percorridos pelo ensino de línguas no Brasil a fim de entender os processos atuais, para tanto baseamos nossa discussão teórica, principalmente, em Chagas (1957), Teixeira (1989), Almeida Filho (2003), Nora (1993).

ANÁLISE CONTRASTIVA ENTRE A PEDAGOGIA CRÍTICA E A ABORDAGEM COMUNICATIVA
Escrito por Norma Diana Hamilton (UNB)
Resumo: Este artigo é acerca de uma análise contrastiva entre a Pedagogia Crítica (PC) e a Abordagem Comunicativa (AC). O motivo inicial para desenvolver este estudo partiu do interesse em obter um novo olhar do ensino de modo geral, sendo que a PC é oriunda de uma longa tradição de estudos filosóficos e a AC está voltada para nossa área específica, a Linguística Aplicada. Acredita-se que tendo um novo olhar em mente, se despertará novas ideias que possam elevar a nossa prática em sala de aula. Desde já, o objetivo é examinar a origem e a evolução de ambas, frisar seus conceitos e princípios, e por último, constatar as semelhanças, tudo por meio de leitura de livros que se dirigem ao tema. Após as análises, foi apurado que a PC e a AC são incomparáveis, pois a primeira é apenas uma perspectiva de ensino grosso modo ao passo que a segunda é uma Abordagem (com A maiúsculo) para o ensino de línguas.

SOBREVOO PELA HISTÓRIA DO ENSINO DE ALEMÃO-LE NO BRASIL
Escrito por Letícia Coroa do Couto (UNB)
Resumo: Este trabalho apresenta um breve histórico do ensino de alemão como língua estrangeira no Brasil, desde a chegada do idioma com os imigrantes alemães na primeira metade do século dezenove até o ensino atual e suas tendências. A língua alemã foi ensinada como língua estrangeira no Brasil entre 1841 e 1942. A partir de 1960, o interesse pelo idioma voltou a crescer devido a multinacionais que se instalaram no Brasil. Na década de 1980 houve um grande aumento da procura para aprender alemão, porém, em 1990 esse, interesse voltou-se mais para o espanhol – afora a procura pela língua inglesa, que sempre liderou. Nos anos 2000, o número de alunos de alemão como língua estrangeira vem aumentando e muito se discute acerca de mais subsídio e fomento para a difusão da língua e da cultura alemãs por parte dos governos dos países falantes da língua.

O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Escrito por José Henrique Silva Júnior (Cooplem) e Karla Ferreira da Costa (CNA/USP)
Resumo: Este artigo busca situar o panorama atual do uso da tecnologia no ensino de língua estrangeira no Brasil. Com o objetivo de apresentar quais recursos tecnológicos o professor de língua estrangeira pode utilizar atualmente, apresenta um breve histórico do desenvolvimento das tecnologias e as possibilidades e dificuldades de seu uso para fins pedagógicos. Concluímos que a implementação de tecnologias nas aulas pode variar devido à falta de recursos da escola, obstáculos ao acesso destes recursos e também, falta de formação continuada de professores que proporcione um desenvolvimento de habilidades tecnológicas e reflexões sobre o uso das tecnologias durante as aulas.

UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DO CONSTRUTO “CULTURA” NO ENSINO DE LÍNGUAS
Escrito por Bárbara Caroline de Oliveira (IFNMG)
Resumo: O aspecto cultural como elemento integrante do processo de ensinar e aprender línguas apresenta-se, atualmente, como um truísmo na área da Linguística Aplicada. No entanto, há de se reconhecer que em determinados contextos houve quem se apresentasse considerando os dois elementos de modo separado, a exemplo daqueles que adotam uma perspectiva de ensino que privilegia estruturas linguísticas e dão um tratamento apenas ilustrativo adicional aos aspectos culturais.  Por meio da pesquisa bibliográfica de caráter histórico, este trabalho pretende abordar algumas considerações importantes sobre o construto cultura e sua relação com a língua. Para tal, tomamos como base o texto de referência do linguista aplicado estadunidense Robert Lado (1957) Introdução à Linguística Aplicada.

O ENSINO DAS LÍNGUAS VIVAS: SEU VALOR, SUA ORIENTAÇÃO CIENTÍFICA
Resenha histórica
Escrito por Carlos Alberto Gonçalves Pavan (Secretaria Municipal de Educação de Barretos/SP)
CARNEIRO LEÃO, Antonio. O ensino das línguas vivas: seu valor, sua orientação científica. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935. 341p.


ANO 7 - Nº 7 – 1/2013


MAIS DEZ ANOS DE LINGUÍSTICA APLICADA NO PAÍS
Escrito por Francisco C. Gomes de Matos (Professor Emérito UFPE)
Resumo: Este artigo é a segunda republicação na Revista Helb de textos do Professor Francisco Gomes de Matos sobre a cronologia histórica de eventos que marcaram o desenvolvimento da Linguística Aplicada no Brasil. No artigo Mais 10 anos de Linguística Aplicada no Brasil: 1975-1985, o Professor Gomes de Matos apresenta os fatos mais significativos no campo da LE ano a ano, com os respectivos eventos relevantes ocorridos. Essa republicação é precedida de um posfácio dialogado, cujo objetivo é o de reaproximar o autor de seu texto escrito há quase trinta anos. Assim, neste posfácio, o Professor Gomes de Matos reflete sobre a aproximação da Linguística Aplicada ao campo da Educação e destaca suas ideias e frases que foram embrionárias de seu projeto atual: a Linguística para a Paz.

O ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM CUBA
Escrito por José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: O artigo O Ensino de Língua Estrangeira em Cuba é uma republicação de um texto publicado em 1980 pelo Professor José Carlos Paes de Almeida Filho. Nesse artigo, tem-se o cenário educacional em Cuba à época, bem como uma comparação de tendências quanto à metodologia e conteúdo de livros didáticos em Havana e no Brasil. O próprio autor brinda a revista Helb com um posfácio no qual destaca as circunstâncias em que escreveu este artigo e aspectos relevantes do mesmo.

AMBIVALÊNCIA DE UMA PRESENÇA: O FRANCÊS NO BRASIL
Escrito por Patrick Dahlet (Universidade das Antilhas e da Guiana)
Resumo: Comparado à sua audiência no passado, o francês encontra-se, hoje, no Brasil, em uma situação ambivalente, ao mesmo tempo empurrado para as margens das políticas educativas e dando sinais de possível renovação de presença. Considerando que para ter uma chance de concretizar-se a figuração desta presença deve ser encarada hoje  na realidade da sua ausência, destaca e explora-se aqui as formas e razões de tal ausência, relacionando a precária das políticas institucionais em matéria de línguas às pressões das representações sociais por um lado de um plurilinguismo restrito a um bilinguismo português / língua do mercado, e por outro lado da dinâmica das línguas reduzida a uma função  instrumentalo-empresarial. Frente a este vácuo plurilingue se condiciona, em sequência, qualquer reativação da aprendizagem do francês no país à viabilização de uma educação não só plurilingue, mas ao plurilinguismo, o que implica que esta última fosse aprovada  pelo sentimento público e sustentada por uma transformação das percepções da própria língua francesa.

O ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL EM INGLÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA – TRAJETÓRIA E TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
Escrito por Isabela de Freitas Villas Boas (Casa Thomas Jefferson/Brasília)
Resumo: Este artigo inicia-se com um histórico das abordagens e metodologias de ensino de produção textual em língua materna que influenciaram o ensino da escrita em inglês como segunda língua ou língua estrangeira. Passa-se em seguida para a discussão das abordagens atualmente propostas para o ensino de produção textual em L2, enfatizando a revisão por pares e o papel das novas tecnologias, e conclui-se com os princípios norteadores da prática de ensino de produção textual no século 21.

OS CURSOS DE LETRAS E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE LE EM PERSPECTIVA HISTÓRICA
Escrito por Mirelle da Silva Freitas (IFTO) e Patícia Roberta de Almeida Castro Machado (UFG)
Resumo: Este estudo busca resgatar o percurso histórico dos Cursos de Letras no Brasil, com foco na relação entre teoria e prática durante a formação do professor de língua estrangeira nas licenciaturas das universidades. Procuramos observar a relação entre as teorias sobre ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras e as práticas dos professores, analisando como isso se reflete nos Cursos de Letras no Brasil na sua origem e numa amostra de hoje.

BREVE HISTÓRICO DO TERMO COMPETÊNCIA
Escrito por Léia de Melo Loiola (SEE/DF)
Resumo: O uso do termo competência é relativamente novo na literatura que pesquisa o ensino de línguas no Brasil. Este artigo, por meio de pesquisa documental, propõe apresentar um breve histórico do uso do termo competência: do seu surgimento aos adjetivos que o acompanham. Para isso, o dividimos em três tópicos. No primeiro, traçamos um esboço da origem da competência. No segundo, explicitamos a competência na educação e sua presença nos documentos oficiais e, no último tópico vemos a competência no ensino de línguas, desde seu aparecimento com Noam Chomsky aos autores atuais.

ASPECTOS HISTÓRICOS DO USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO DE LÍNGUAS
Escrito por Lilian da Rocha Ribeiro (UNB)
Resumo: Este artigo trata da contribuição de Jan Amos Comeniusque inseriu imagens em sua obra. A primeira parte deste artigo traz a história do uso de recursos, das pinturas rupestres até o uso dos livros eletrônicos, bem como a evolução dos recursos utilizados no ensino de línguas. A segunda parte apresenta as qualidades esperadas de todo professor de línguas a partir da obra de Jan Amos Comenius. A terceira parte do artigo é a biografia de Comenius. A quarta parte, relaciona Comenius com o ciberespaço e o ensino de línguas. Conclui-se que é necessário tecnologia e bons professores na solução de problemas atuais como a evasão, favorecendo a autonomia, incentivando o intercâmbio e a pesquisa.

AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM EM FLE NOS ANOS 1980: O LIVRO DIDÁTICO TRANSITION
Escrito por Tatiana Nardy (UNB/Aliança Francesa de Brasília)
Resumo: Nas sociedades atuais, o termo avaliação é empregado continuamente num campo ético que simboliza o valor do poder. Nas escolas de língua, essa expressão é utilizada fervorosamente. Mas quando é que ela é usada de forma obrigatória e quando de forma necessária? Quais seriam seus objetivos? Nos anos 80, um curso livre de Brasília de ensino de Francês Língua Estrangeira (FLE), adoptou o livro didático Transition para o nível intermediário. O presente artigo tem por finalidade apresentar como esse método avaliava os alunos em uma sala de FLE, destacando o conceito de avaliação diagnóstica.

DIDÁTICA ESPECIAL DE LÍNGUAS MODERNAS
Resenha histórica
Escrito por Paolla Silva Cabral-Brasil (IFG), Mirelle da Silva Freitas (IFTO) e Denise Gisele de Britto Damasco (SEDF)
CHAGAS, V. Didática especial de línguas modernas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1957.


ANO 8 - Nº 8 - 1/2014

A HISTÓRIA DO ENSINO DE ALEMÃO NO CURSO DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Escrito por Dorthe Uphoff, Elaine Rodrigues Reis Lobato e Marcos Fernandes Safra (USP)
Resumo: O artigo tem por objetivo traçar as linhas gerais do desenvolvimento histórico do ensino de alemão no âmbito do curso de Letras/Alemão da Universidade de São Paulo desde seu início em 1940 até os dias de hoje.

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ENSINO DE FRANCÊS NO BRASIL (1808-1837)
Escrito por Luiz Eduardo Oliveira (UFS) e Kate Constantino Oliveira (UNIT-SE)
Resumo: Este artigo investiga a institucionalização do ensino de Francês na América Portuguesa no processo de formação do Estado do Brasil. Buscamos fazer um breve histórico da implantação da Língua Francesa como matéria de ensino desde a vinda da família real, em 1808, até a fundação do Colégio de Pedro II, a primeira instituição de instrução secundária do país, em 1837. O ensino das línguas estrangeiras no século XIX, sobretudo da língua francesa, era a única via de acesso ao moderno conhecimento científico produzido na época. Portugal, desejoso da modernização do reino e de seus domínios, promoveu uma reformulação de suas leis, inaugurando o que o povo luso-brasileiro viveu do fenômeno cultural conhecido por Iluminismo.

ECOS E OCOS DA REFORMA FRANCISCO CAMPOS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL
Escrito por André Santana Machado (IFG)
Resumo: Este trabalho aponta algumas implicações da Reforma Francisco Campos sobre o ensino de línguas dos nossos dias, procurando responder à seguinte pergunta: de que maneira o ensino de línguas hodierno apresenta ou não traços/influências das propostas da Reforma Francisco Campos? Para tanto, o trabalho parte de uma contextualização histórica da Reforma para uma análise do Decreto 20.833, de 21 de dezembro de 1931. Em seguida, o artigo apresenta algumas reflexões sobre o que a Reforma representou para o ensino de línguas de então. Por fim, verificam-se os possíveis reflexos da Reforma no ensino de línguas contemporâneo, por meio dos mais recentes documentos oficiais.

APONTAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO L1 NO BRASIL
Escrito por Darto Vicente da Silva (FASB/Barreiras-BA)
Resumo: Este texto discute a visão etnocêntrica da Coroa portuguesa em relação à população autóctone da colônia. Trata-se de uma breve discussão em torno da substituição da língua geral falada na colônia pelaLíngua Portuguesa e sua gramática acoplada às culturalmente prestigiosas aulas de latim. Procura descrever que a descaracterização da língua geral na sociedade colonial da época e as ações pelo Português imantadas, entre outros fatores, pela concepção iluminista presente na legislação pombalina.

O INSTITUTO GOETHE E A LÍNGUA ALEMÃ NO BRASIL
Escrito por Bernd Renner (UNB)
Resumo: Este trabalho apresenta um breve histórico da língua alemã e da importância do Instituto Goethe para esta língua no Brasil. Desde o início da imigração dos alemães no século 19, a língua alemã vivenciou diferentes situações em diferentes épocas. Hoje em dia, a demanda por esta língua é crescente, ela é vista como uma linguagem cultural europeia de grande importância, e cada vez mais, sobretudo, como chave para o sucesso profissional e acadêmico. Neste contexto, trata-se do papel do Instituto Goethe, começando com um resumo histórico sobre a instituição, suas iniciativas e atividades principais no Brasil e sua importância para o alcance da língua alemã no país. Certamente, o Instituto pode ser visto como a principal instituição para a preservação e promoção da língua alemã no Brasil.

O ENSINO DE LÍNGUAS PARA FINS ESPECÍFICOS (ELFE) NO BRASIL E NO MUNDO: ONTEM E HOJE
Escrito por Renata Mourão Guimarães (IFB)
Resumo: O ensino de línguas para fins específico (ELFE) ganhou força e se consolidou na década de 1960 devido ao aumento das atividades econômicas e científicas no mundo moderno, e no Brasil no final da década de 1970, devido à necessidade dos alunos de universidades brasileiras para a leitura de textos de áreas específicas. Nesta perspectiva, este artigo trata do ELFE desde um aspecto histórico e teórico de sua sistematização no século XX que intitulamos de “hoje” e de seus indícios no Brasil e no Mundo antes desse século, intitulado “ontem”.

A HISTÓRIA DO INSTITUTO DE CULTURA URUGUAIO-BRASILEIRO (ICUB) E A GESTÃO DO ENSINO∕APRENDIZAGEM DE PLE
Escrito por Francisco Tomé de Castro Neto Escola de Português para Estrangeiros Submarino/Brasília)
Resumo: Este artigo relata, em linhas gerais, a história do Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro (ICUB) desde a sua fundação em 1940 até o momento atual (2013) com um enfoque que situa o Instituto em termos de filiação institucional e as consequentes implicações políticas disso em termos da gestão do ensino ∕aprendizagem de Português Língua Estrangeira (PLE); abordagens de ensino e formação de professores; materiais didáticos produzidos e utilizados; cursos oferecidos; e sistemas de certificação adotados. Inclui-se ainda, a partir da metodologia da história oral, o texto completo de uma entrevista feita em Montevidéu (Uruguai) em maio de 2013 com os atuais diretor e diretora pedagógica do ICUB quem vislumbram, inclusive, projetos futuros deste que é o mais antigo centro de PLE fundado pelo governo brasileiro no exterior.

O ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL/EUROPA (1500-1930)
Escrito por Vanessa Cristina da Silva (IFB)
Resumo: Este trabalho visa oferecer uma análise sintética sobre os principais fatos históricos ocorridos tanto na Europa como no Brasil no que concerne ao ensino de línguas. A análise se detém ao período específico de 1500 a 1930, buscando mostrar as contribuições e ideias europeias que influenciaram diacronicamente no ensino das línguas no contexto brasileiro. Espera-se com a periodização paralela entre o Brasil e a Europa orientar o professor de línguas em relação àsmudanças ocorridas na metodologia do ensino das línguas, no papel do professor e nas relações que se estabeleceram entre esses componentes ao longo do tempo, incentivando assim este profissional a uma tomada de consciência que o permita refletir sobre a sua própria prática.

LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO DE INGLÊS: UM MOMENTO HISTÓRICO DE SUPORTE CIENTÍFICO AO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL
Resenha histórica
Escrito por Verónica Andrea González (Escola de Português para Estrangeiros Submarino/Brasília)
GOMES DE MATOS, Francisco. Linguística Aplicada ao Ensino de Inglês. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 1976.


ANO 9 - Nº 9 - 1/2015

REFLEXÕES SOBRE A ESCOLA NA PRIMEIRA REPÚBLICA: O ENSINO DE PORTUGUÊS
Escrito por Leonor Lopes Fávero (USP/PUCSP?CNPQ)
Resumo: A partir de 1870 (Império) um decreto de Leôncio de Carvalho, escudado nas ideias de Pestalozzi e Froebel, lança um novo olhar sobre o aluno e o processo de aprendizagem. Trata-se da implementação do método intuitivo ou de “lição de coisas” e não mais o proposto por Lancaster. Na Primeira República, devido ao crescimento de uma classe média urbana e o início, ainda incipiente da industrialização, a instrução passa a desempenhar papel importante. É preciso treinar os professores, fazê-los aprender a aprender. São examinados, no ensino de Português, os programas, a inclusão de disciplinas, como a história da literatura brasileira, a exclusão de outras, como a retórica, as gramáticas para a infância e os primeiros manuais de redação.

MACHADO DE ASSIS E O SEU IDEÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Escrito por Evanildo Bechara (Academia Brasileira de Letras)
Resumo: Pretende este estudo deixar patente que Machado de Assis, no início de sua atividade literária, tenha presente numa concepção científica da língua, a finalidade maior da gramática, a importância do seu estudo, e o papel consolidador do escritor na construção da língua comum do país e da elaboração da língua literária.

FRAGMENTOS DE MEMÓRIAS: ARQUIVO DA HISTÓRIA E DA PAIXÃO NO ENSINO SUPERIOR
Escrito por Rita de Cássia Silva Dionísio, Carla Roselma Athayde Moraes, Ivana Ferrante Rebello e Almeida, Amanda Oliveira de Jesus Marley Ribeiro de Freitas e Dulce Miriam Veloso
Resumo: Ser velho, na sociedade contemporânea – em que a opressão da velhice se realiza de múltiplas maneiras, “algumas explicitamente brutais, outras tacitamente permitidas”, significa, nas palavras da pesquisadora Ecléa Bosi, “lutar para continuar sendo homem” (BOSI, 1994, p. 18). Este artigo – produto parcial da pesquisa que trabalha com memoriais de professores aposentados do Departamento de Comunicação e Letras da Universidade Estadual de Montes Claros – pretende ser um instrumento de resistência à destruição dos suportes materiais da memória, na medida em que estes se configuram como estratégias de desbloqueio dos caminhos da lembrança e da recuperação de histórias pessoais e coletivas que, de outra forma, se perderiam.

LINGUAGEM E MATEMÁTICA EM CARTAS: TRABALHANDO NA EJA
ESCRITO POR MARIA CECILIA MOLLICA ( POSALING/UFRJ/ CNPQ/FAPERJ) E MARISA LEAL (IM/UFRJ).
Escrito por Maria Cecília Mollica (POSALING/UFRJ/ CNPQ/FAPERJ) e Marisa Leal (IM/UFRJ)
Resumo: Receber e enviar correspondências faz parte do nosso cotidiano. De contas a propagandas, ou mesmo de cartas de vendas de cartão de crédito, por exemplo, diariamente colecionamos considerável remessa postada por correio. Em meio ao mundo conectado pela internet, é necessário que o alunado da EJA identifique o tipo de correspondência, reconheça sua função e interprete com proficiência seu conteúdo. Isso equivale a dizer que a agenda de ensino em EJA tem que incluir, no trabalho da lecto escrita, os diferentes gêneros e tipos textuais para atingir o letramento pleno.

“PALAVRAS, AI PALAVRAS! ESTRANHA POTÊNCIA A VOSSA!”
Escrito por Darcilia Simões (UERJ/CNPQ)
Resumo: Artigo sobre a necessidade de expansão do léxico discente com a seguinte estrutura: aquisição da língua como ampliação da experiência sociocultural; a língua portuguesa e as outras disciplinas da grade curricular; leituras atualmente praticadas na escola; importância da leitura dos clássicos da literatura; base semiótico-funcional; a iconicidade do léxico textual; orientação semiótica da leitura; prática de emprego de itens léxicos para aquisição/domínio da língua.

HISTÓRIA ORAL E PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: TESTEMUNHOS PESSOAIS COMO FONTES PRIMÁRIAS PARA UMA SOCIOLINGUÍSTICA HISTÓRICA
Escrito por Afranio Gonçalves Barbosa, Juliana Cristina S. Garcia e Maria Izadora M. Zarro (UFRJ)
Resumo: Norma e normatização linguística no ensino de gramática em escolas brasileiras. Adaptação da metodologia da História Oral nos estudos sobre o ensino de língua portuguesa.

INSTRUÇÃO PÚBLICA NO BRASIL (1500-1889) HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO
Resenha histórica
Escrito por Narcisa Brito Damaceno e Denise Gisele Britto Damasco (SEDF)
ALMEIDA, Jose Ricardo Pires de. Instrução Pública no Brasil (1500-1889) / José Ricardo Pires de Almeida; trad. Antonio Chizzotti; Ed. crítica Maria do Carmo Guedes. -2ª ed.ver.- São Paulo: EDUC, 2000.


ANO 10 - Nº 10 - 1/2016

POR QUE ESTUDAR HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL?
Escrito por Joselita Júnia Viegas Vidotti (UNB)
Resumo: Discutimos o valor da História para o ensino de línguas no Brasil sob variados prismas teóricos, salientamos a existência de uma história do ensino de línguas no Brasil, sua filiação à Linguística Aplicada e a urgência para que ela se torne uma disciplina madura nos programas de Letras, noticiamos trabalhos pioneiros na área, pontuamos fatos e ideias que nortearam o ensino de línguas no Brasil e, por fim, reforçamos a relevância do estudo acadêmico da trajetória das línguas e seu ensino para a formação de agentes.

O MÉTODO DIRETO E OS LIVROS DE INGLÊS NO BRASIL
Escrito por Rocrigo Belfort Gomes (UFS)
Resumo: O método direto para o ensino de inglês traz, entre os seus preceitos, a preocupação com a oralidade, o repúdio à tradução e a memorização de regras e palavras. Tal metodologia foi criada com o objetivo de romper com o método anterior, o da gramática e tradução. No Brasil, o método direto chegou no ano de 1931, através da Reforma Francisco Campos, que, além de definir pela primeira vez a maneira como as línguas vivas deveriam ser ensinadas, redefiniu o ensino secundário. Os livros didáticos são importantes elementos a serviço do pesquisador de história da educação, não só pelos seus conteúdos, mas por refletirem o pensamento e os anseios da sociedade dentro de um período histórico. Assim, é objetivo desse artigo realizar um levantamento das obras dedicadas ao ensino de inglês no Brasil, durante os anos de 1931 e 1961, além de apontar os autores mais influentes e o aumento do número de publicações ao longo dessa linha temporal.

A ÉTICA PROFISSIONAL NO ENSINO DE LÍNGUAS: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Escrito por Alicia Silvestre Miralles (UNB)
Resumo: A ética profissional no âmbito docente tem uma trajetória relativamente recente se comparada com outras áreas como o Direito e a Medicina. Todavia, a importância do papel do professor como agente ético na sociedade vem se destacando cada vez mais no cenário mundial e no Brasil em particular. O interesse pelos Direitos Humanos e por uma educação mais acorde com os novos tempos desencadeou no passado século reflexões que serviram como ponto de partida a iniciativas dentro das políticas educativas. Embora a aplicação destes princípios e valores ainda amostre campos que podem ser melhorados, pensamos que o breve percurso pela historia da ética docente no Brasil aqui acenado possa servir como elemento propulsor para a reflexão e o aprimoramento da prática docente ética.

A DISCIPLINA HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL (HELB) NAS NOTAS DE AULAS DE DISCENTES
Escrito por Denise Gisele Britto Damasco (UNB) e Lilian Vieira da Rocha Ribeiro (Universidade de Huelva/Espanha)
Resumo: Este artigo teve como proposta inicial apresentar as anotações de aulas feitas por discentes contendo as reflexões desenvolvidas durante a disciplina História do Ensino de Línguas no Brasil do Programa de Pós-graduação de Linguística Aplicada (PGLA) da Universidade de Brasília, durante o primeiro semestre letivo de 2012. Entretanto, no processo de construção do artigo, observou-se que, para que tais anotações fossem melhor entendidas e valorizadas, havia a necessidade de justificar a disciplina, apresentando também todo o contexto na qual ela está inserida, além de evidenciar tudo o que se construiu em equipe a partir das ideias de construção colaborativa, na qual as notas surgiram dando início à esta reflexão. Assim, no presente artigo discute-se a justificativa para a disciplina, as reflexões ocorridas durante a mesma, sua organização, notas na íntegra realizadas por discentes e as repercussões do curso que incentivam o adensamento das discussões para além do primeiro semestre letivo de 2012.

UMA VISÃO DO ENSINO DE LÍNGUAS NA AMÉRICA LATINA EM 1968
Resenha histórica
Escrito por José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
GOMES DE MATOS, Francisco; WIGDORSKY, Leopoldo Foreign “Language Teaching in Latin America”. In SEBEOK, Thomas A. (Org.) Current Trends in Linguistics. In R. LADO, W. MCQUOWN, S. SAPORTA & H. LASTRA (Orgs.) Currents trends in Linguistics. Vol. 4. Ibero-American and Caribbean Linguistics, p 464-533. The Hague: Mouton, 1968.

CARNEIRO LEÃO E AS LINGUAS VIVAS NO BRASIL
Resenha histórica
Escrito por Jonathas de Paula Chaguri (UNESPAR) e Maria Cristina Gomes Machado (UEM)
CARNEIRO LEÃO, Antonio. O Ensino das Línguas Vivas: uma experiência brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Publicações do Instituo de Pesquisa, 1934. 65 p.

ECOS DE UMA PEQUENA GRANDE OBRA
Resenha histórica
Escrito por Mirelle da Silva Freitas (IFTO) e Paolla Silva Cabral-Brasil (Instituto Benjamin Constant)
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas, SP: Pontes Editores, 1993. 75p.


ANO 11 - Nº 11 – 1/2017

UMA DÉCADA DE PRODUÇÃO NOS ESTUDOS DA HISTÓRIA BRASILEIRA DO ENSINO DE LÍNGUAS NA REVISTA HELB
Escrito por Mirelle da Silva Freitas (IFTO) e José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: Neste artigo revisitamos as publicações relativas ao período de dez anos de circulação da Revista Helb, publicada no bojo do Portal Helb – criado e lançado pela primeira vez como anuário em 2007, visando dar a conhecer o teor e o valor da Revista com a publicação de resultados da pesquisa histórica no campo da formação, do ensino e da aprendizagem de línguas no Brasil. O objetivo deste estudo é apresentar um panorama condensado da produção acadêmica sui generis no campo da História do Ensino de Línguas no Brasil (Helb) publicada no Anuário e resenhada no período de 2007 a 2016. Neste estudo de caso, utilizou-se a análise documental, o acervo valioso dos artigos nos dez números publicados que compõem o corpus analisado. Os autores cujos trabalhos foram publicados na revista advêm de todas as regiões do país e também de outros países na América e na Europa. Ademais, observa-se que entre os autores incluem-se professores/pesquisadores de instituições públicas e privadas de ensino básico e superior, e de centros de idiomas. Numa década, o olhar para dentro da história de ensino de línguas mostrou fatos e personagens em datas e períodos que muitos de nós nem suspeitávamos. A consciência da viagem nos tornou mais seguros de que a velha profissão de pelo menos cinco mil anos está viva e palpitante no Brasil, na América e no mundo de língua portuguesa antes de voos ainda mais altos no futuro.

Índice de publicações da revista helb por edição: 2007 a 2017
Escrito por Mirelle da Silva Freitas (IFTO) e José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: Apresentamos a relação de artigo, incluindo os respectivos autores, por edição publicados de 2007, ano de lançamento da primeira edição, até 2017, ano desta publicação. Nas duas primeiras edições, 2007 e 2008, a filiação dos autores não era identificada; informação essa que foi incluída a partir da terceira edição em 2008.

Índice temático de publicações da revista helb: 2007 a 2017Escrito por Mirelle da Silva Freitas (IFTO) e José Carlos Paes de Almeida Filho (UNB)
Resumo: Ao revisitar os números já publicados da Revista Helb, periódico de publicação anual, classificamos todos os artigos já publicados em quatro categorias, a saber: historiografia, línguas específicas, resenhas históricas e outros. Na sequência apresentamos índice por temas, de acordo com as categorias mencionadas.